Fanzine HQ Memories nº 05
Aqui estamos com o quinto número do HQ Memories, o melhor fanzine nostalgia do momento. Sempre com a intenção de trazer material raríssimo do mundo dos quadrinhos, mostraremos nesta edição simplesmente o primeiro trabalho profissional de Frank Frazetta.
O COVARDE - Diário Popular (SP), junho de 1964: Recém chegado ao Brasil, vindo da Argentina, enquanto ajudava seu compatriota José DelBó nas páginas de O Vingador, da editora Taika, Rodolfo Zalla produziu por meio dos estúdios de Luís Sanches essa aventura de faroeste em tiras para o jornal Diário Popular mostrando que as coisas nem sempre são o que parecem.
LUCKY SMITH - Diário Popular (SP), julho de 1964: Terminada a aventura O Covarde, Rodolfo Zalla iniciou essa nova história, dessa vez com um final ainda mais surpreendente!
ZODÍACO - Les Humanoïdes Associés, 1983: Em 1983 as edições Humanoïdes Associés lançaram um álbum com 12 histórias, uma para cada signo do zodíaco, por 19 autores diferentes. À dupla Angelfred e Alain Voss coube o signo de peixes, que apresentamos aqui.
BONECO DE NEVE, A Ilha da Desolação - Tally-Ho Comics nº 1, 1944: Em 1944, aos 16 anos, Frazetta, começou a trabalhar no estúdio quadrinhista Bernard Baily. Seu primeiro trabalho em quadrinhos foi a história Boneco de Neve, A Ilha da Desolação, junto com John Giunta, na edição única de Tally-Ho Comics (Dez. 1944), publicada pela Swappers Quarterly e Almanaque/Baily Publishing Company. Uma história totalmente influenciada pelo clima da 2ª Grande Guerra, com seus vilões exóticos e de etnia estereotipada. Essa aventura antecede àquela publicada no HQ Memories nº 1 e que permanecia inédita.
MORTE TUA, VIDA MINHA - Les droits de l’homme, Magic Strip, 1989: A editora Magic Strip lançou em 1989 um álbum com seis histórias abordando a Declaração Universal dos Direitos Humanos, elaborada em 1948, logo após o final da 2º Grande Guerra. Algumas dessas histórias foram publicadas no Brasil em capítulos pelo jornal O Estado de S. Paulo. Eis aqui a visão de Milo Manara sobre o tema.
O PROJETOR MALDITO - O Vampiro nº 10, editora Jotaesse, 1966: Uma grande sátira ao Gedeone Malagola e o famoso projetor que ele usava para produzir centenas de páginas decalcando outras HQs.
Produzida por Minami Keizi e Fernando Almeida nela são feitas referências a dezenas de autores da cena das HQ daquele período:
Página 01: O editor é Salvador Bentivegna, já o desenhista é chamado Daramor Martin (Gedeone).
Página 02: O Hernandez é Wilson Fernandes, já o Paulinho Ditiko é Paulo Hamasaki.
Página 03: O bêbado é o editor José Sidekerskis, da editora Jotaesse. Mefístolis é Enrique Lipszyc da Escola Panamericana de Arte (EPA).
Página 04: Jatez é Jayme Cortez e a Escola Nacional de Desenho a própria EPA. Victor Forde é o pseudônimo do Luiz Sátiro; já Tony, o diretor de arte é Antonio (Tony) Duarte. Homem Sol é uma referência ao Homem Lua do próprio Gedeone.
Página 06: o desenhista cita Fabião que é Fabiano Dias, que viria a ser um dos pilares da editora Edrel.
TEOBALDO, o detetive biruta - Diário Popular (SP), março de 1966: Criado por Lyrio Aragão, estreou no Diário da Noite em 1963, distribuído pela Maurício de Sousa Produções (na época ainda chamada de Bidulândia). Como Lyrio Aragão havia sido policial, conseguia com maestria imbuir suas tiras com aquele espírito típico dos ambientes de delegacia. A partir de 1966, Teobaldo teve nova chance nas páginas do Diário Popular. Com o visual reformulado, deixou para trás o chapéu de aba larga e o terno com ombreiras típicos da década de 1950 por um terno mais justo e chapéu de aba estreita mais de acordo com os novos tempos, sempre com a distribuição da MSP. Neste número poderemos ler as primeiras tiras dessa fase.
E finalmente na última capa mais um episódio de COISAS DO FUTEBOL, dessa vez com desenhos de Edgard Herrero, um dos nossos grandes autores Disney. Publicado pela Folha de S. Paulo em 1965, com distribuição da Mauricio de Sousa Produções.
Formato: 15 x 21 cm
36 páginas
Capa colorida, miolo PB
Tiragem limitada!
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