HQ Memories 26

Confiantes e a passos largos chegamos o vigésimo sexto número do HQ Memories! Na base da martelo e do formão desentocamos mais algumas pérolas dos quadrinhos mundiais para nossa excelentíssima audiência. 

Vamos a elas:

Samurai Kid - Shonen Ninja Kaze No Fujimaru - Fujimaru do Vento, o garoto ninja - 1º de fevereiro de 1965, Bokura - Volume II, nº 03: um dos primeiros animes exibidos no Brasil, relata as aventuras de Fujimaru, um garoto ninja, com poderes mágicos, entre eles, o poder sobre o vento. Fujimaru sai em busca de sua mãe, pois quando era muito pequeno foi raptado por uma águia, quando ainda estava nos braços dela. Fujimaru tem dois objetivos: ver sua mãe novamente e encontrar um pergaminho manuscrito que contém técnicas ótimas, mas perigosas. O principal inimigo de Fujimaru é Konpusai, um mestre das técnicas de fogo que também está procurando o pergaminho. Baseado em um mangá de Sanpei Shirato de 1960 com o título de Kaze no Ishimaru, o desenho foi produzido em 1964 pela Toei Doga, a mesma produtora de Fantomas, e teve a participação do hoje lendário Hayao Miyazaki na animação. Samurai Kid também teve sua versão em mangá, com desenhos de Fumio Hisamatsu (1943-2021) um artista de mangá e designer de personagens japonês que frequentemente trabalhou com TCJ (Television Corporation of Japan Co., Ltd.) na década de 1960 e ilustrou adaptações de mangá de suas séries de televisão.

As Tartarugas Ninja - Teenage Mutant Ninja Turtles, Creator’s Syndicate, 1990-1997: depois do estrondoso sucesso em sua revista original por Kevin Eastman e Peter Laird em 1984, as Tartarugas Ninja receberam uma infinidade de produtos de merchandising que incluiu uma série animada, filmes live action para cinema, um comic book pela Archie Comics voltado ao público infantil e também uma tira diária, iniciada em dezembro de 1990. A tira perdurou até 1997 e contou com a equipe criativa de Ryan Brown, Dan Berger, Jim Lawson, Michael Dooney, Steve Lavigne e Dean Clarrain, que também foram responsáveis pelos gibis da Archie Comics. Leia a seguir a primeira aventura assim como foi publicada nos jornais dos EUA.

Sr. Bra da Colônia - São Paulo Shimbun, 1973: em 1956, recém chegado ao Brasil, o desenhista japonês Yppe Nakashima passa a colaborar com o jornal São Paulo Shimbun e cria, para esse veículo, a série Sr. Bra da Colônia, tira em quatro quadros (yonkoma) no formato vertical. Em 1973, com o sucesso obtido pelo seu filme Piconzé, considerado o primeiro longa metragem em animação colorido do Brasil, Yppe retoma o personagem, atualizando-o e rejuvenescendo-o. Sr. Bra da Colônia era o nome do protagonista e a série girava em torno dele e de outros moradores da pensão Conde, versando, com muito humor, sobre os problemas e o cotidiano dos membros do bairro da Liberdade, reduto de asiáticos na cidade, como por exemplo, a construção da estação do Metrô. A tira tornou a ser veiculada diariamente a partir de fevereiro desse ano até a morte precoce de seu autor no ano seguinte. O São Paulo Shimbun é um jornal editado em língua japonesa na cidade de São Paulo. Fundado em 1946, circulou regularmente até 22 de dezembro de 2018, quando deixou de ter versão impressa.

O Diário do Dr. Hayward - The Diary of Dr. Hayward, Jumbo Comics, Fiction House, 1938: as histórias do Diário (Histórias Macabras no Brasil) geralmente são associadas a Jack Kirby, mas na aventura que apresentamos podemos claramente notar o traço de Will Eisner, um dos proprietários do Eisner and Iger Studio, responsável por essa aventura. Nela poderemos perceber as primeiras referências a vampiros e zumbis nos quadrinhos. Confiram! 

O Que Já Foi - “The Has-Been” - Black Cat nº 62 - Harvey, 1958: uma aventura espacial desenhada e arte finalizada por Doug Wildey, o imortal criador de Jonny Quest, de quem já falamos em nosso número anterior, e que trata de um tema muito presente em nossos dias, o etarismo. Reimpressa em Double Dare Adventures, 1967. Leiam e reflitam! 

Boa leitura!!! 

Mande suas sugestões para: luigirocco29@gmail.com 

Por ser este um material antigo, de uma época passada, alguns conceitos, ideias e opiniões podem divergir do entendimento atual. As publicamos o mais fielmente possível, em respeito ao seu conteúdo e contexto histórico.

Formato: 21 x 29,7 cm

44 páginas
Capa colorida, miolo PB
Tiragem limitada!

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