Fanzine HQ Memories nº 12



Chegamos à décima segunda edição do HQ Memories. Uma dúzia! Sem dúvidas uma grande vitória. E este número está repleto de novidades. De cara a ilustração de capa: um desenho exclusivo do grande Sebastião Seabra com sua versão realista do Tupãzinho, o icônico personagem de Minami Keize que deu início à produção brasileira de mangás!

Vamos às nossas atrações:

Tupã, o guri atômico - Diário Popular (SP), maio de 1965: Ao chegar em São Paulo vindo do interior, o desenhista Minami Keize mostrou seus trabalhos, muito influenciados pelos quadrinhos japoneses, aos editores da época. Aconselhado por eles mudou seu traço, aproximando-o dos personagens da Harvey Comics, Brasinha e Gasparzinho. Nesse estilo criou Tupã, o guri atômico, que foi publicado pela primeira vez no jornal Diário Popular em maio de 1965, sendo considerado assim o marco inicial dos  mangás feitos no Brasil. No ano seguinte Tupãzinho ganhou título próprio pela editora Pan Juvenil, mas com sua origem levemente modificada, por exemplo, os pais de Tupãzinho na revista foram substituídos por seu avô. Aproveitem essa raridade!

Vaughn Bodé - The East Village Other, Volume 3, nº 46, 18-10-1968: Uma sequencia de tiras criadas pelo mestre dos quadrinhos underground com uma temática pacifista em pleno andamento da Guerra do Vietnã (1955-1975).



Satã, o príncipe das trevas - Seleções de Terror nº 17, 1960, Editora Outubro: uma aventura horripilante escrita e desenhada por Otoni Gali Rosa, pintor, desenhista, gravador, ilustrador, professor, muralista, artista plástico, ilustrador editorial e publicitário. Foi professor da Escola Panamericana de Arte e sob a orientação de Jayme Cortez publicou HQs de terror para as revistas da editora Outubro, entre 1960 e 1962. Sua atual produção é de cartilhas educativas em quadrinhos.

...para o bem de São Paulo - Folha da Tarde, março de 1955: Álvaro de Moya dispensa apresentações, desenhista, ilustrador, homem de TV professor e pesquisador de quadrinhos, um dos organizadores da primeira exposição de HQs sob a luz da linguagem midiática, desenhou, com roteiros do jornalista português, Fernando Correia da Silva, esta série de tiras com foco na prestação de serviços, como a necessidade da doação de sangue.

Walkie e Talkie - O ladrão de monumentos - Corriere dei Piccoli nº 30, 28 de julho de 1974: o grande mestre aparece nesta edição com mais dois personagens não Disney de sua criação, os detetives londrinos Walkie e Talkie, com roteiro de Giorgio Pezzin, que além de Disney escreveu histórias para o Pequeno Ranger e Zagor. Nessa aventura podemos apreciar Cavazzano desenhando sua cidade natal, Veneza.

Finalizando, na quarta capa, a segunda e última página dominical dos Fradins de Henfil publicadas nos jornais norte-americanos.


Boa leitura!!!

Mande suas sugestões para:

luigirocco29@gmail.com

Formato: 15 x 21 cm
36 páginas
Capa colorida, miolo PB
Tiragem limitada!

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