Fanzine HQ Memories nº 13
Vamos às nossas atrações:
Pabeyma, o homem cósmico - Diário Popular (SP), setembro a outubro de 1965: Pabeyma é um dos maiores expoentes da era de ouro dos quadrinhos de super-heróis brasileiros e é lembrado por suas aventuras publicadas a partir de 1968 nas revistas da editora Edrel, mas muita pouca gente sabe que ele foi lançado primeiramente em forma de tiras no jornal Diário Popular em 1965. Com roteiros de Nelson Ciabattari y Cunha e desenhos de Carlos Cunha e Luís Quevedo, que também assinava Luís Meri, Pabeyma antecipava em alguns anos as teorias do Antigo Astronauta, que viriam a se popularizar na obra de Erik Von Daniken “Eram os Deuses Astronautas”.
Homem antenado com seu tempo, Nelson Cunha, já falecido, explora em seu trabalho todos os fatos ocorridos no período, com por exemplo, a luta pelos direitos civis que ocorria nos EUA, na figura do odioso supremacista Thomaz Duckstep McMill, e do padre ativista William Priestsinger, uma referência ao pastor e ativista político Martin Luther King Jr. (1929-1968). Antecipa também, em muitos anos, o debate sobre pesquisas genéticas e ética científica.
Carlos da Cunha (1933), ativo até nossos dias, é bastante conhecido por ser um dos diretores da editora Minami e Cunha, junto com Minami Keize.
Sobre Luís Quevedo, muitos pesquisadores indicam ser um dos últimos desenhistas da chamada “invasão argentina”, ocorrida no Brasil nos anos 1960, e que chegou por aqui em 1968, mas a verdade é que em 1965 já publicava nos jornais brasileiros e o seu primeiro registro de entrada em nosso país encontrado data de janeiro de 1966. Quevedo realizou vários outros trabalhos para a imprensa brasileira, assinando também como Luís Meri, voltou para a Argentina em 1974 e não mais se teve notícias dele depois disso. Sobre Quevedo, Carlos Cunha comentou: “Talvez curado de uma tuberculose que o internou no Hospital São Luiz Gonzaga, no Jaçanã. Fui apresentado a ele por um outro irmão que era funcionário de lá e combinamos dar-lhe a oportunidade de fazer ‘alguma coisa’ para ajudá-lo. Como já tenho 90 anos e ele deveria ser um tanto mais velho que eu, com aquela saúde e morando na Argentina, já deve ter falecido”.
Nós nos Conhecemos no Pântano - Tales to Astonish nº 7 - Marvel - 1960: Jack Kirby e Steve Ditko contam essa história ambientada no período da Guerra Fria (1947 - 1991) e da paranoia anticomunista do macartismo. É a segunda vez que Kirby e Ditko colaboraram em uma história completa.
Miguel Rei - Última Hora (SP) - março de 1967: Terceira e última aventura do personagem criado por Getúlio Delphim e distribuído pelos estúdios de Maurício de Sousa, essa história teve sua vigésima tira publicada numa sexta-feira. Na edição de segunda-feira a página de tiras foi reduzida pela metade, deixando a aventura sem final.
A Fera do Vale - Histórias Macabras nº 3 - Editora Continental - 1960: Aylton Thomaz é bem conhecido por seu desenho humorístico, mas mais uma vez, vem provar a incrível versatilidade dos autores dessa época com uma horripilante história em estilo realista. Na última capa uma ilustração de Thomaz para o anuário Talento de 1984.
Boa leitura!!!
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Por ser este um material antigo, de uma época passada, alguns conceitos, ideias e opiniões podem divergir do entendimento atual. As publicamos o mais fielmente possível, em respeito ao seu conteúdo e contexto histórico.
Formato: 15 x 21 cm
36 páginas
Capa colorida, miolo PB
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